Há
algumas semanas, lançamos aqui no Rota um post sobre mulheres viajando
sozinhas. Infelizmente, não param de surgir relatos de viajantes passando por
situações de risco, como o caso da britânica violentada por um tripulante
durante um cruzeiro de luxo, divulgado na semana passada.
Isso
desencoraja mulheres a embarcar sozinhas? Talvez! Mas, não deveria! Por isso,
trouxemos relatos de uma viajante nata, a jornalista Daniella Barbosa! A Dani, como é carinhosamente chamada, ama
viajar. Nascida aqui, já morou em
Curitiba, Europa e não se aguenta muito tempo no mesmo lugar, sem sair por aí,
explorando o mundo!
Ela
gosta tanto desse oficio “doloroso” de viajar que é blogueira e colunista em
sites especializados, além de ter seu próprio livro, o Expedição Brabo! Vem conhecer
um pouco da experiência da Daniella como viajante solo, além das dicas para
quem, como ela, quer sair por aí, vivendo novas e inesquecíveis experiências!
- Você tem experiências em viajar
sozinha? Já passou por alguma situação de risco ou constrangimento por ser mulher
em um lugar desconhecido?
Já viajei sozinha algumas várias vezes e acho que
essa é uma experiência que todo mundo que gosta de viajar deveria ter pelo
menos uma vez na vida, costumo dizer que viajar sozinho é libertador. Nunca
passei por uma situação de risco viajando sozinha, mas de constrangimento uma
vez quando viajei da Itália para França em um trem noturno. Eu compartilhava a
cabine com mais 5 pessoas, 4 deles homens e fui constantemente incomodada por
chineses com perguntas indiscretas, machistas e invasivas. A todo momento
invadiam o meu minúsculo espaço no trem. Só pararam de me importunar quando um
senhor indiano se posicionou na conversa e pediu que me deixassem em paz.
- Quais os destinos onde se sentiu mais
segura ao estar sozinha? E onde se sentiu mais ameaçada?
A Europa em geral é um lugar que me sinto bem
segura em viajar sozinha. Furtos , por exemplo, podem acontecer se você se
distrair, mas não ando com medo de ser estuprada ou me roubarem com uma arma na
cabeça. No Brasil, em algumas cidades já me senti ameaçada, por exemplo, no
centro histórico de São Luís do Maranhão.
- Como vê a percepção de viajantes
homens com relação a você, sozinha, passando e morando em diversos países,
tanto em viagem quanto a pessoas próximas a você?
Hoje tem muita gente que viaja sozinha, seja homem
ou mulher. Por isso mesmo digo que encontrei minha tribo nas andanças, a
tribo dos que gostam da liberdade , mas que também adoram interagir com outros
viajantes e com a comunidade local. Nunca sofri preconceito propriamente dito
por ser uma mulher viajando sozinha.
- O que você daria de conselho ou
informação às mulheres que não se intimidam a viajar sozinhas?
Primeiro que não é nenhum bicho de sete cabeças,
basta querer e se jogar na experiência. O mais importante é aproveitar a viagem
mas sempre alerta pra não cair em roubada. Não andar em lugares desconhecidos
sozinha e muito menos sem conversar com as pessoas do local pra saber se há de
fato algum risco. Não dar detalhes da sua vida e do seu roteiro para
desconhecidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário