quarta-feira, 18 de maio de 2016

Clarice Lispector é homenageada no Rio de Janeiro




A escritora Clarice Lispector ganhou no último sábado (14/05) uma estátua em sua homenagem na Pedra do Leme, orla da Zona Sul do Rio de Janeiro. Por 12 anos, ela viveu no bairro com o seu cão Ulisses que também foi retratado na obra.
A ideia da homenagem partiu da professora de literatura e biógrafa de Clarice Lispector, Teresa Monteiro. A atriz, Beht Goulart, que vive nos palcos a escritora na peça Simplesmente, eu ofereceu seu apoio junto com o artista plástico Edgar Duvivier, responsável por criar o monumento. 
A ideia não recebeu nenhum patrocínio por parte do Governo. Para executá-la o artista produziu 40 miniaturas da obra que foram vendidas para os fãs da escritora. O valor arrecadado foi utilizado como ajuda para a realização da verdadeira. 

A VIDA DE CLARICE

A escritora e jornalista nasceu na Ucrânia no dia 10 de dezembro de 1920. Seu pais eram judeus e estavam emigrando para a America quando o nascimento de Clarice Lispector aconteceu. Embora a escritora tenha declarado que sua família havia chegado ao Brasil quando ela tinha dois meses de idade, seus biógrafos declaram que a família chega a Maceió só em 1922. 
Ao chegar no Brasil, a família Lispector muda de nome e a escritora que anteriormente se chamava Haia (vida ou clara) ganha o nome de Clarice. Com 7 anos aprendeu a ler e escrever. Aos 10 anos, com a morte de sua mãe, Clarice, que tocava piano, cria uma melodia. Com 15 anos muda-se para o Rio de Janeiro, quatro anos mais tarde ingressa na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. 
Seu primeiro texto publicado foi em 1940. O contro Triunfo narra as dificuldades de um relacionamento amoroso do ponto de vista de uma mulher que sofre com o abandono do marido, porém em sua solidão descobre uma força interior. No mesmo ano publicou vários contos. Foi trabalhar no Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), orgão do Governo Vargas, onde foi tradutora. Com o tempo ocupou o cargo de retadora e repórter da Agencia Nacional. 
Estudando direito, continua a publicar tanto textos jornalísticos quanto literários. Tornou-se uma das figuras mais influentes da literatura brasileira e do modernismo. Foi até incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do seculo XX. Seu primeiro romance publicado foi Perto do Coração Selvagem, obra que recebeu grande elogios da crítica e ganhou o Premio Graça Aranha de melhor romance do ano. 

  
Em 1946 publica seu livro O lustra a obra foi ofuscada pela estreia do diplomata João Guimarães Rosa na literatura, com a obra Sagarana. Em 1977 escreve o romance A hora da estrela, talvez sua obra mais conhecida, narra a vida de uma menina do interior, que ao ir para a cidade grande, mistura ficção e realidade com tantos sonhos que tem. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário